Como não sou filiado ao PT, sinto-me à vontade para revelar ao Brasil e ao mundo o curioso segredo, guardado a sete chaves, no Cartório do Registro Civil de Belo Horizonte, desde 1947: o verdadeiro nome da nossa Presidente é a sigla - D.I.L.M.A cuja tradução é Deverás Ir Longe Minha Amada!

Em incrível premonição quanto ao futuro político da recém-nascida, seus pais assim registraram-na.

Ir longe... Ir longe... Ir longe...

Ir tão longe até que, salarialmente, um Professor perceba tanto quanto um Procurador do poder público, o que, certamente, resultará na insaciável preferência pelos cursos de Pedagogia e na inevitável extinção das, hoje, tão disputadas cotas raciais e sociais, eis que com aqueles “cifrões magisteriais”, a Educação Básica no meu sertão paraíbano teria a mesma qualidade da oferecida pelo Colégio São Bento carioca.

Ir tão longe até que a remuneração de um médico aumentasse na proporção direta do seu maior distanciamento das metrópoles: R$1.000,00 no Rio de Janeiro para R$10.000,00 nas margens do Rio Purus.

Ir tão longe até que os presídios passassem a ser dirigidos exclusivamente por irmandades religiosas a fim de que a humanização do trato substituisse a falida ineficácia dos atuais maus tratos, aumentando-se, assim, as probabilidades de transformações comportamentais de seres humanos enjaulados.

Ir tão longe até que o Congresso Nacional emendasse a nossa Constituição no sentido de reduzir em 50% a atual representação parlamentar e, na mesma proporção, a máquina que a assessora, dando, destarte, ao mundo o exemplo de que com poucos, mas decentes, aplicados e criativos, pode-se fazer tanto quanto o necessário para conquistar o respeito (hoje morto) da sociedade brasileira por inteiro.

Ir tão longe até que os nossos Códigos Civil, Penal e Processuais fossem tão pragmatizados e os magistrados fossem tão multiplicados que a rapidez nos julgamentos das ações deixasse os advogados quase no ócio...

Ir tão longe até que a hierarquia dos investimentos públicos se invertesse tanto, mas tanto, a ponto de possibilitar que as fezes brasileiras passassem a ser hóspedes de redes de esgotos e não mais de rios, de mares, de lagos e de fossas.

Por tudo isto, minha combativa e combatida Presidente é que torço para que seu “nome-sigla” possa se transformar em um lema deste governo que, por ter uma mulher como titular, pode parir um Brasil que, durante o ano inteiro, passaria a cantar, em coro uníssomo, a vibrante canção cujo refrão não poderia ser outro se não o:

Deverás Ir Longe Minha Amada”!

 

Este artigo reflete, única e exclusivamente, os pontos de vista e opiniões do(s) seu(s) autor(es) e não as da Associação Brasileira de Educação - ABE que, portanto, não é responsável nem poderá ser responsabilizada pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza causados em decorrência do uso de tais informações.