A sociedade brasileira mudou muito nas últimas décadas a partir de vigoroso processo de desenvolvimento econômico (com seus naturais altos e baixos); no entanto, tornou-se claro que novas demandas existem de mão de obra para o efervescente mercado de trabalho.

Baseado na premissa desta necessidade que a cada dia mais se evidencia como estratégica para a garantia do processo de desenvolvimento e econômico e social começam a surgir perguntas tais como: Por que ficamos  com tamanha defasagem entre as vagas existentes no Mercado de Trabalho e a mão de obra formada?

Na verdade, dentro da complexa situação que se pontua a partir desta questão temos várias considerações a proceder como ponto de reflexão e análise para que o prezado leitor possa, assim, tirar suas próprias conclusões e o que aqui expomos se torna ou não procedente.

Assim sendo e, de forma didática passo a tecer as seguintes considerações que me pululam a mente em função da realidade do ensino Médio que dispomos na atualidade.

1. A grande verdade é que o jovem ao chegar ao final do Ensino médio não se encontra formado especificamente em nada e sim se apresenta apenas como um generalista de conhecimentos que lhes foram passados por pelo menos, treze (sim, treze) disciplinas;

2. Somos sabedores que cada ser humano tem propensão maior para um área ou outra do conhecimento; assim, por que imputar a ele de forma indiscriminada uma quantidade “esmagadora” de conhecimentos de disciplinas e assuntos que nada lhe despertam o interesse e para os quais sofre em entender;

3. Não se tornaria muito mais próprio que no Ensino Médio, conforme sua área de inclinação, pudesse além é claro da base de Língua nacional e Matemática, os estudantes poderem optar para uma carga maior de conhecimentos e aprofundamento de disciplinas que efetivamente lhes interesse  que melhor podem prepará-los para futuras carreiras que desejem abraçar?

4. .Não se deve considerar que todo mundo  DESEJE estudar no Ensino Superior; afinal, todos são obrigados a cursar o Ensino Superior?

5. .Quantas vocações não existem que seriam amplamente producentes se desenvolvidas dentro do ensino Técnico (área estratégica em que faltam uma quantidade absurda de mão de obra qualificada e que coloca em risco o projeto de desenvolvimento econômico-social de nosso país);

6. Por que não procedermos a uma corajosa porém absolutamente pertinente reforma educacional no Ensino Médio e  assim darmos aos nossos jovens condições mais propícias para crescerem dentro dos conhecimentos que lhes atraem e assim estarem melhor preparados pera efetivamente darem continuidade aos seus estudos?

7. Será que não é chegada a hora de, ao lado dos conhecimentos tradicionais devidamente dosados os jovens no ensino Médio terem a possibilidade de estudarem e profissionalizarem para poderem alcançar o Mercado de Trabalho ao final destes três anos de estudo? Os que desejarem futuramente cursar o Ensino Superior o poderão fazê-lo por plena opção e já estando inseridos no Mercado de Trabalho e portanto tendo condição justa de decidir aonde deseja estudar e qual curso deseja estudar.

Na verdade quando falamos da necessária ousadia de mudarmos o atual “foco” e “enfoque” do Ensino Médio não podemos esquecer os anos de estudos que imediatamente o precedem no Ensino Fundamental e que se encontram absolutamente desprovidos de uma proposta mais pertinente que otimize todo um trabalho que crescentemente vem sendo feito de forma altamente qualitativa na séries iniciais do Ensino Fundamental; de fato, não podemos descuidar destas séries para que, ao adentrar o ensino Médio os jovens esteja efetivamente gabaritados para darem com qualidade e resultados positivos continuidade ao seus estudos aprofundando-os dentro de suas linhas de interesse  (aí já teríamos um pleno embrião e os passo de um processo de efetiva preparação profissional).

Creio que a partir destas mudanças estriamos atuando a favor da Inclusão e da cidadania na justa medida que propiciaria aos jovens maior possibilidade de inserção no universo do trabalho e assim garantindo-lhes renda para seguirem seus sonhos, ajudarem suas famílias, enfim...

É preciso que ocorra esta coragem posto que os atuais índices que o Ensino Médio apresenta em nosso país são assustadores e assistimos com isso valores imensos sendo quase perdidos por total inadequação do modelo vigente que certamente não mais atende ao que nossa sociedade brasileira contemporânea precisa para dar sustentabilidade a um vigoroso e continuo processo de crescimento econômico que gera consequentemente uma sociedade mais justa, democrática, inclusiva para tod0os os seus cidadoas garantindo-lhe não só seus direitos e deveres plenos mas também a possibilidade de serem felizes sonhando rumo a um futuro que ao fortalecer lhes estará fortalecendo o conjunto da sociedade brasileira e, portanto a Soberania nacional brasileira!

 

Este artigo reflete, única e exclusivamente, os pontos de vista e opiniões do(s) seu(s) autor(es) e não as da Associação Brasileira de Educação - ABE que, portanto, não é responsável nem poderá ser responsabilizada pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza causados em decorrência do uso de tais informações.