O Marechal Mário Travassos foi o primeiro Presidente da Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille "SPLEB". Convidado pelos dois outros fundadores - os professores cegos Luiz Antônio Milleco Filho e Marcus Vinícius Telles - dirigiu a entidade, com firmeza na busca de seus objetivos estatutários e tirocínio, que lhe eram apanágio do espírito, de 30 de junho de 1953 a 20 de julho de 1973, quando desencarnou.
Como militar, participou da Cruzada dos Militares Espíritas.
Não tendo antecedentes anteriores sobre a problemática da pessoa cega, ao desencarnar deixou duas fortes marcas de sua presença:
1ª)- não tendo a "SPLEB" sequer sua sede própria e mesmo maquinaria propícia à impressão de obras em Braille, fez inserir no Artigo 1º do Estatuto que a divulgação doutrinária se faria dentro e fora do país, demonstrando sua confiança no futuro, o que, de fato, ocorre, hoje, quando os livros da "SPLEB" já alcançam todo o Brasil, países da América Latina, Portugal e povos de língua portuguesa;
2ª)- discutiam os especialistas da área da Educação Especial da Pessoa Cega se esta deveria ser educada em "escola especializada", própria à sua deficiência, ou em "escola inclusiva", isto é, uma escola integrada, em que iria conviver com colegas de visão física, o que, de fato, ocorrerá pela vida afora, o contato "cego" e "vidente". Pois bem: não tendo conhecimentos anteriores da problemática, como se disse, opinou que "as escolas especializada e inclusiva não se excluem, elas se completam", que é a tese aceita nos dias atuais. Isso, antes de falecer, em julho de 1973...